Passando ao lado da Lagoa dos Barros é difícil conter uma onda de melancolia. Dizem que nas noites de neblina, por ali navega um barqueiro fantasma que é coisa mais sinistra do mundo!
Sinal de que as coisas são como devem ser, não tem lugar melhor pra uma aparição tristonha do que lá, e nisso todos que conhecem, haverão de concordar.
O asfalto margeia a lagoa, e a água parece um interminável espelho de mercúrio, um mar sem ondas, água pesada. Um mar morto, não o Mar Morto, um mar morto. Da beira da Lagoa dos Barros, para o lado de Osório se avista o campo eólico construído na administração do Germano Rigotto, que no seu mandato peleou um bocado para trazer a tecnologia da Espanha.
Agora alguns gaiatos se dizem confusos; não sabem se a ventania do lugar é que gira os cata ventos ou se as pás dos ventiladores é que faz aquela brisa constante.
Assim são os gaúchos, ecologistas de primeira, piadistas de marca maior. Nunca vi povo que goste tanto de encontrar graça nas próprias mazelas, dados a duplos sentidos e de quebra praticante de humor negro (que não se confunda com magia negra, que isso por lá mete medo). Meio desnorteados nas viagens, mas declarantes tranquilos de que todo lugar é bom, se é na Terra do bom Deus. Ou como diria o Pumba, lar é onde o bumbum descansa. Têm a fama injusta de exagerados. Usam a necessidade da vida social para discutir política.
Os piás já nascem deste ou daquele partido.
São gremistas se têm bom gosto, colorados se são despistados, na minha opinião.
No verão passado, numa tarde quando deitei para cochilar na rede, escutei dona Hilda, minha mãe, contando aos netos que leu numa reportagem especial o depoimento de um idoso da região de Três Coroas, que relatava um episódio pitoresco sobre um grupo de moradores do interior de Taquara, que na primeira metade do século passado, sem conhecer o mar, apesar de não morar tão longe dele, resolveu organizar uma expedição de reconhecimento que culminaria numas férias com acampamento na praia. Organizaram-se em suas carroças puxadas por bois, seguidas de mais algumas com barracas e suprimentos, seguiram a rota indicada de um, que na praia já estivera, mas que não acompanhou a expedição de dois dias de viagem.
A expectativa em conhecer o oceano era maior que as dificuldades da jornada, cujo trecho mais difícil foi a travessia pelas trilhas nos morros de Santo Antônio da Patrulha.
Atiçados pela ansiedade do encontro com o mar, o berço, a fonte da vida na Terra, cansados pela jornada sobre pedregulhos e pântanos, não pestanejaram quando deram com os costados na Lagoa dos Barros, e prá lá de aliviados por encerrarem a expedição, montaram o acampamento e permaneceram por ali vários dias desfrutando do merecido descanso a beira mar. E tudo ficaria assim, no bem bom, se não fosse um viajante meter o bico na paz bucólica do acampamento.
Passou de manhã, parou para tomar mate e durante a prosa informou-os do engano.
Forcejou um bocado, pois eram muitos e sabiam que aquilo era mar, e ele sozinho insistia que não, que o mar estava adiante. Dois dos veranista resolveram tirar a limpo e conduzidos pelo viajante foram na direção onde a água era maior...e salgada.
Voltaram no fim do dia, e entre rirem-se de si mesmos e abichornarem-se enfadados com a fiasqueira do erro, desmontaram o acampamento e iniciaram o retorno para Taquara. Para ver o oceano verdadeiro voltariam noutra feita, que de férias na praia já se haviam fartado naquele ano.
Foto do Parque Eólico de Osório/RS na fase da construção, já pensou que lugar espetacular para uma quixotada?
A energia eólica é a energia obtida pelo movimento do ar (vento). É uma abundante fonte de energia, renovável, limpa e disponível em todos os lugares.Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no séc. V. Eles foram usados para bombear água para irrigação.
Os mecanismos básicos de um moinho de vento não mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo que impulsiona uma bomba (gerador de eletricidade).
Os ventos são gerados pela diferença de temperatura da terra e das águas, das planícies e das montanhas, das regiões equatoriais e dos pólos do planeta.
A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações do ano e as horas do dia.
A topografia e a rugosidade do solo também tem grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência dos ventos e de sua velocidade em um local. Além disso, a quantidade de energia eólica extraível numa região depende das características de desempenho, altura de operação e espaçamento horizontal dos sistemas de conversão de energia eólica instalados.
A avaliação precisa do potencial de vento em uma região é o primeiro e fundamental passo para o aproveitamento do recurso eólico como fonte de energia. Para a avaliação do potencial eólico de uma região é necessário a coleta de dados de vento com precisão e qualidade, capaz de fornecer um mapeamento eólico da região.As hélices de uma turbina de vento são diferentes das lâminas dos antigos moinhos porque são mais aerodinâmicas e eficientes. As hélices tem o formato de asas de aviões e usam a mesma aerodinâmica. As hélices em movimento ativam um eixo que está ligado à caixa de mudança. Através de uma série de engrenagens a velocidade do eixo de rotação aumenta.
O eixo de rotação está conectado ao gerador de eletricidade que com a rotação em alta velocidade gera energia.Um aerogerador consiste num gerador elétrico movido por uma hélice, que por sua vez é movida pela força do vento. A hélice pode ser vista como um motor a vento, cuja a quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento depende de quatro fatores: da quantidade de vento que passa pela hélice do diâmetro da hélice da dimensão do gerador do rendimento de todo o sistema A energia eólica é considerada a energia mais limpa do planeta, disponível em diversos lugares e em diferentes intensidades, uma boa alternativa às energias não-renováveis.
Ative o link ou clique no título para A Pampa Pobre -Engenheiros do Haway:
http://www.youtube.com/watch?v=voGlx7J6Zvo
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