31 maio 2010

Prêmio Criatividade 2010 - Galeria Mali Villas Bôas

A minha Pachamama, escultura que recebeu o Prêmio Criatividade no
Salão de Verão da Galeria Mali Villas Bôas, em janeiro de 2010
Os amigos, a tradutora alsaciana, Gaby Kirsch e o engenheiro,
Eduardo Francisco Centineo, pretigiando a abertura do Salão
.
Fotos de Geraldo Cordeiro Junior, acima: minha colega do curso
de História da Mitologia na Arte,

do Instituto Langage, a psicóloga, Luci Alves.
Para ver o vídeo Goddness ou Pachamama, clique no título ou ative o link:
http://www.youtube.com/watch?v=oA67DvbKG_Q


25 maio 2010

Preciosidades, colzas de menina

Rolha da champanhe Marquis de Pomereul - Patrocinador do coquetel da exposição em Pont Sainte Marei França. 
Detalhe que pintei no quadro que foi hors concours no Salão de Pinheiros, em São Paulo.

Folha do peupleir que vive na praça antes da ponte do Riceys -França
Flor de colza -Colhi em Brucheres -França
Para assistir o Making of de Miss Chérie Dior, dirigido pr Sophia Coppola, ative o link ou clique no título:
http://www.youtube.com/watch?v=yOqlJ-U9XI0




21 maio 2010

Rabino Nilton Bonder

MESMO QUE VOCÊ NÃO TENHA ASSISTIDO A 1ª PARTE, PARTICIPE DA 2ª PARTE DO CURSO COM O RABINO NILTON BONDER!
Após estudarmos o Feminino no judaísmo associado à Sabedoria (Chochma) identificando sua heroína maior, vamos estudar a Estruturação (Bina) buscando o herói da estrutura, o healer, aquele que repara a desarmonia. Utilizando o mito da separação e do reencontro entre Jacó e Esaú, vamos refletir sobre a possibilidade de abraçarmos as bênçãos que nos foram roubadas e livrar-nos também dos falsos privilégios e garantias de que nos apropriamos. A sombra do Pai, Brigando-Abraçando, O quase homem - Genesis 29; 30; 31; 32; 33 - Datas: 01 e 08 /06 (terças) -Horário: das 20h15 às 22h00 -Vagas: 280 -Valor: R$150,00- Inscrições/ (11) 3065 4337 - 3065 4349 / secretaria@culturajudaica.org.br Rua/ Oscar Freire, 2500 (ao lado do metrô Sumaré) Tel./ (11) 3065.4333Programação completa no www.culturajudaica.org.br
Primeiro lugar do Festival de Curtas de Berlim 2008, ative o link ou clique no título da postagem: http://www.youtube.com/watch?v=CoQ05tEecOc

Kiko

Meu irmão Kiko, e eu, 2008 Tramandaí/RS
Bicicleta de motor. 
Desde sempre. Maninhos arteiros e suas aprontações com obstáculos. 
Este menino nasceu e me tirou o colo, o seio, a mãe, mas ganhei uma avó muito sábia morando conosco. Esse menino, quando eu tinha cinco ou seis anos me desbancou da aula de armamentos também. 
Quando chovia, antes dele conseguir se intrometer na minha vida, era para mim que o pai ensinava a carregar os cartuchos da espingarda de afugentar lagartos e raposas do galinheiro. 
A história da espoleta, embuchamento, hoje não me serve para nada. Não entendo é porque imagens de cenas vividas tão remotamente cismam em permanecer grudadas na minha caxola pelo lado de dentro, e ponha a massa cinzenta nova e conteúdo construtivo que for sobre o adesivão primeira infância, ele não desgruda. 
Duas crianças serelepes para aula de artilharia, o pai não quis, obviamente saiu a de saia. 
Fui aprender a costurar com minha avó. Sinto muitas saudades deste guri a quem ensinei a brincar de lutinha, andar de bicicleta, e que só me ensinou que quando consigo compartilhar, crio história...
Ative o link ou clique no título para o vídeo Saiba, de Adriana Calcanhoto:
http://www.youtube.com/watch?v=cc95LgIhH8Y

18 maio 2010

Carta 1 - Apostila

Escultura que fiz em 2009 - A coruja da Denise com Camille no ventre.
...Talvez, amigo Cristobal, nossa cultura e educação contemporânea tenham como resultado mais evidente a formção de indivíduos auto-suficientes. E talvez os vitoriosos neste sistema criem e tenham reforçada a imagem que não condiz com a realidade da vocação de seres gregários e animicamente carentes que temos, o pobre vivente tem tudo para ser, mas não é, e em conflito é agressivo. Acho que um bom tanto do conflito do ser desenganado pós moderno esta aí. É minha mãe que diz, ela diz que nem é para tentar esta bobagem de viver sozinho, que vira só em tristeza, rs,rs,rs...E me diga, mudando de assunto, o que achas? Quando eu era menina, tinha uns nove anos, na escola em que estudava distribuíram uma cartilha cujo título era “Nossa Ilha”, não era um livro como os que o governo distribuía, era uma cartilha do mesmo tamanho, mas não tinha capa dura e a impressão era colorida berrante como um show de bandeirinhas de festa de São João. A cartilha era para ser nosso livro de estudos daquele ano, contava a história de um lugar onde os personagens viviam com um sorriso arregaçado no rosto e cada um era dono de uma banca de determinado produto que ele mesmo produzia. Ali tudo de trocava e não havia moeda. Eu era pequena e adorei a idéia, mostrava toda noite para meus pais a evolução dos exercícios no comercio da Nossa Ilha. Um dia a diretora da escola entrou na sala de aula e recolheu a cartilha de todos que tinham levado, parecia que estava de luto, ou não sei o quê, mas estava de cara feia e havia uma sombra cobrindo a escola. A minha cartilha se salvou, havia deixado em casa e como eu já era admiradora de cores vibrantes, pensei:me salvei, salvei minha linda cartilha cheia de boas idéias e lindas figuras. Mas que, nada! Me levaram para secretaria e queriam que eu fosse em casa com um militar, um rapaz sério, buscá-la, vibrou uma conversa de adulto naquela sala, que não guardei pois não entendi. No final ficou assim, me deram uma cartinha e no dia seguinte que eu apresentasse a cartilha na entrada da escola. Dito e feito, entreguei a cartinha aos meus pais, tranqüila de que eles me ajudariam a salvar minha obra de arte preferida, mas nem piscaram, foi a primeira vez que os vi de acordo com algo que receberam escrito num papel da escola.
Ative o link ou clique no título para ouvir Touinho - Caderno
http://www.youtube.com/watch?v=INPFl4u3Lrw
Edson Weslenn comentou em17 de maio de 2010 23:37
Eu perdi um livro que adorava, desde então procuro ler
o suficiente pra chegar no nível de magia que aquilo livro tinha.

O helicóptero para sempre!

Deitava no chão ao lado da máquina com a cabeça no pedal enquanto a mãe ajeitava a costura. Uh, mas que helicóptero fantástico, aquela correia impulsionava! E o pé com joanete da minha mãe? Que engenhosa estrutura rica em tendões e formas, palmeava o local onde deveria pedalar e encontrava a minha cara: Tira a cabeça daí, menina tonta!
O trenzinho Caipira, Villa Lobos, clique no título ou ative link:
http://www.youtube.com/watch?v=DC8oFe5bkeY

Modelo crítico

Ela fazia roupas para mim. Com o tempo aprendi a reconhecer o processo, era aquele costurar ou crochetear intenso para no final me levar n'algum lugar em que as amigas me pegariam, me rodariam ergueriam minha saia para ver o acabamento das costuras. Sabia, quando ela começava a dormir mais tarde para bordar três carreiras de viés no meu vestido novo, que eu deveria armazenar um saco de paciência para o dia seguinte.
Para ouvir Debussy -Arabesque, clique no título ou ative o link:
http://www.youtube.com/watch?v=GWpV7L4YHuU

Costurando nuvens

A vó costurava suas roupas intimas e me ensinou como fazer as minhas, minha mãe, porém, nunca permitiu que eu usasse roupa íntima feita em casa, muito menos feitas por mim entre os cinco e nove anos... quando estávamos sozinhas a vó me dizia que se uma mulher fosse descente, poderia andar sem calçinha, desde que usasse sempre a saia debaixo. Eu jamais perguntei como andava uma que não fosse descente, mas a minha curiosidade ficou reservada numa nuvem carregada de perguntas, sempre que esta nublado, eu lembro...a vó também dizia que aos sábados é bonito uma mulher soltar os cabelos e cantar músicas de louvor ao criador, mas muito discretamente...
Para assistir Os Búzios - Ana Moura ative o link abaixo ou clique no título da postagem:
http://www.youtube.com/watch?v=Sa8Ucd96KWo

Minha vó - Conceição

A vó ficou com a vista curta, pedia que eu colocasse a linha na agulha, mas a minha vista também era curta para buraco de agulha, funcionava melhor para ver ranhura em folhas e os poros nos retalhos de couro, ela achava uma pena, e ficava a lamber o fio e tentar, até acertar, Eu dava de ombros...não vou costurar quando crescer, mesmo...Ainda assim ela avisou à todos que seu baú de miudezas era meu quando morresse, está ali, me olha do corredor, o baú que meu bisavô fez para ela guardar seu enxoval de moça.
Para ouvir Ana Moura - Creio, ative o link ou clique no título da postagem
http://www.youtube.com/watch?v=tCPNywR-y-A

17 maio 2010

Minha mãe - União de amor

Ela tinha dor de cabeça de raiva d'alguma cliente que queria obrigá-la a desmanchar justamente o que ela pensava ser o toque especial na peça que confeccionara. Meu pai chegava do trabalho, fazia o mate e ia sentar ao seu lado na cama, dizia para ela que tal fulana devia estar acostumada a vestir-se com sacos de batatas, quando via uma roupa de qualidade, não reconhecia. Ela que não agüentasse desaforo de ninguém, se quisesse podiam até se mudar daquele lugar, mudar de ares...Minha mãe melhorava das dores e cozinhava jantares divinos após estas conversas.
Ative o link ou clique no título para ouvir Mariage D'Amour:
http://www.youtube.com/watch?v=Flkv3n40Lq4

04 maio 2010

Marieta

Foto de Thomas Ashby
No pequeno lugar onde eu morava quando pequena havia uma família numerosa que morava em uma coxilha. Todos eram magros, morenos e tinham pernas longas e finas. 
Havia um velho que não saia de casa. Vivia sentado em um banco de madeira na frente da casinha. Ficava com as costas apoiadas contra a parede e as pernas longas cruzadas nos tornozelos em frente ao banco baixo. Agarrava as beiradas do banco com as mãos paralelas ao corpo, estava sempre de cabeça baixa a falar para pessoas que se juntavam em volta dele. 
Meus pais diziam que era muito velho - do tempo da escravidão - não podia ser, mas se fosse, era mesmo uma boa idéia descansar, eu pensava. 
Aquela família buscava leite das nossas vacas, e nas épocas mais secas, água na nascente que ficava em nosso sítio. 
Todos desciam o morro rumo a venda e os afazeres na comunidade, bamboleando bem devagar suas pernas longas e cantando tiroleios. 
O vale vibrava e ficava mais fresco ou florido - conforme a estação - quando descia um daquela família dos belas vozes. 
Eram afinados e tinham vocação para sopranos. Mas a melhor de todos era a Marieta, uma mocinha ainda sem seios enquanto a conheci. 
A vizinhança parava o que estivesse fazendo para ouvir a Marieta passando devagar cantando músicas sertanejas que tocadas no rádio e acompanhadas com música eram som arranjado, mas que na voz de Marieta, à capela, eram uma expressão de grande beleza. 
Ela interpretava acrescentando falsetes e tirando, de maneira que sempre ficava melhor na voz dela. 
Eu era sua fã e minha avó ralhava comigo se eu a observasse fixamente enquanto ela esperava o seu litro ser cheio pelo leite recém tirado. Mas eu queria ver os detalhes daquele Ser. Ela, às vezes tomava conhecimento de mim e dizia coisas que eu não compreendia. 
Um dia me perguntou:-Guriazinha, tens uma matéria para eu enrolar meus coquinhos?


Clique notítulo para ver Tiffany no tiroleio, ou ative os links abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=dVIckwjsRyI
& Tiffany em Allelujah:
http://www.youtube.com/watch?v=EQpNgnJ5KWE

02 maio 2010

Era Uma Vez...Lívia ,Tema, Terezita, Norma, Marina, Malú, Ruth, Alsacia e O Centauro Indeciso...

Na última terça-feira o grupo de contação de história Era Uma Vez, do CCJ, reuniu-se para assistir a treinanda Livia Pelegrini em sua prova para admissão ao grupo. Lívia, como eu, que passei pela prova no mês passado, estava acompanhando a rotina de reuniões e visitas do grupo de voluntários às instituições, desde o ano passado. Foi aprovada com louvor e recebeu seu par de camisetas das mãos de Malú e Ruth. Dois eventos importantes na mesma semana na vida de Lívia, que no sábado, casou-se em cerimônia íntima no interior do estado. Para a sua prova, Lívia escolheu e contou lindamente a história da mulher que transformava palha em ouro. Parabéns à simpática e delicada Lívia! Malú, que além de contadora de história é professora e dançarina de dança do ventre e danças circulares, ao entregar as camisetas à Lívia na cerimônia de terça-feira passada, entrou em um período de breve licença nas atividades do Era Uma Vez, para dedicar-se a uma turnê de apresentações de dança em cidades da França e Alsacia. Viva à querida e dedicada Malú, uma artísta incansável. A reunião formatura foi uma avalanche de emoções para o grupo. Tema que lutava bravamente com uma doença forte, retornou vibrando sua história de regeneração celular e emocional, o início da cura! Bons ventos! Também trouxe notícias de seu pai, o veterano contador de história, Isaac, o sempre adorável narrador do Centauro Indeciso, que afastado do Era Uma Vez, estipulou junto ao grupo de caminhadas da praça próxima da sua residência, que uma vez por semana chegarão mais cedo para ouvir as histórias de Isaac.Tema e suas boas novas foi saudada com carinho e lágrimas e na foto cor-de-rosa, explica à Norma sobre os conteinners de alegria que esta vitória trouxe. Como se não bastasse, Marina, que sofreu um atropelamento no início do ano, avisou em circular, que obteve liberação médica e esta retornando á toda força. Enquanto isso, Terezita não estará coordenando na próxima reunião, pois parte para Porto Alegre para estar um tempo com sua mãe que tem 96 anos de idade. Boa estadia para Terezita, recuperação para Tema e Marina, felicidades no casamento para Lívia, e que Malú encante os franceses e Alsacianos com sua arte. Faltou algo? Faltou escrever um conto de trinta páginas sobre a última reunião. Mas é porque acompanhar tudo isso, é uma satisfação inenarrável...
Nas fotos, 1 -Livia contando a sua história, 2 -Livia recebe suas camietas da Malú e da Ruth, 3 - Norma e Tema, news, trabalho e saúde!
Mazal Tov cliclando no título ou ativando o link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=QrFlpOxxDqs

01 maio 2010

Delusy

Hoje é aniversário da Delusy, colega de contação de história do grupo Era Uma Vez do CCJ. Delusy é esta gata de botas marrom na foto acima, compenetrada no exercício proposto por Terezita, a coordenadora do grupo. Delusy recebeu todo carinho do grupo pelo aniversário, e a filha veio de uma terra muito, muito distante para abraça-la e certamente para ouvir as histórias encantadoras que a mãe conta, como a cantadinha em rima, da vaca que subiu no telhado: veio a reportagem, vieram os bombeiros, a cidade parou para ver a vaca que não queria descer... Parabéns Delusy, vamos gravar essa para compartilhar aqui?
Clique no título ou ative o link abaixo para abrir o vídeo -Apaixone-se:
http://www.youtube.com/watch?v=mmRCCGFeb1c