15 dezembro 2015

Vejo Anjos

Pensava que a maior das bençãos era ter aqueles amigos, mas sofria sabendo que sua amizade era condicionada a eu abrir mão de ser quem eu sou. 
Era sobre dominação, não era amizade. 
Vinham até mim por eu ser quem sou, mas só permaneceriam se eu diminuísse meu padrão intelectual para ajustar-me aos deles.
Mas é que eu vejo anjos, e não achava justo para com os que não vêem.
Vinham até mim por eu ser quem sou, mas eu deveria deixar de lado os que não lhe eram caros, por terem outras cores
ou credos,
religiões,
partidos,
agremiações.
Opinião. Crime de opinião. Crime de nacionalidade...de racionalidade.
Mas eu via anjos e sorria ante as imposições.
Então, os que sabiam copiavam minhas experiências, vendiam minhas informações e me puniam com difamação, exploração e inúmeras violações. 
Eu estava incompatível com suas pretensões.
Agressões que sempre entendi, afinal, eu vejo anjos, e anjos não usam máscaras e não são santos, nem os santos são santos, só tentam ser anjos dos que não estão em Graça.
Entender agressões e suas motivações torna-me tolerante por tempo demasiado, mas o tempo passa de forma diferente para quem vê anjos.
Dentro em breve completo cinquenta anos desta  vida e encontrei a maior benção. 
A maior benção é poder trocar experiências.
Sigo fazendo licor com o que recebo dos anjos e largando as garrafas no oceano, e cada vez mais elas retornam vibrando as vozes dos anjos.
Os amigos são anjos!








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