29 abril 2011

Audioteca Sal e Luz, por Cristiane Blume

A Audioteca Sal e Luz corre o risco de acabar. A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros), que são livros especiais para cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita. O acervo da Audioteca conta com mais de 2.700 títulos, entre  literatura em geral, textos religiosos, e textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3. Contibua com a Audioteca divulgando!!! Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho. Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro. Criou-se uma opção, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. É possivel solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios. A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...
Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125 - 7º
Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm <http://audioteca.org.br/noticias.htm>

Na foto da Web, aqueodutos (2000ac) construídos pelos nabateus, em Al Patra, na Jordânia.
E clicando no título da postagem um exercício de imaginação de sabores.

27 abril 2011

Luz e Vida

...Se a estrela não deve estar muito afastada do lugar da vida, também não pode estar muito próxima, pois não preencheria as condições da vida, pelo menos tal como a reconhecemos na biosfera terrestre, Suponhamos que essas condições estejam preenchidas. Produz-se então, um fenómeno que já caracterizamos do ponto de vista energético. A vida retarda a degradação da energia, utilizando certas radiações da estrela para as transformar em potencial químico. Este potencial químico restitui a energia calorífica da estrela nos fenómenos da respiração, isto é, da oxidação. É na medida em que esses fenómenos ocorrem, que surgem a consciência e o pensamento, como se fossem liberados ao mesmo tempo que a energia cativa da estrela. A Vida - se pudermos tomar como medida o que ela é na Terra - é comparada aos fenómenos de fluorescência. A biosfera restitui ao Cosmos a luz que ela retirou de sua  estrela, o Sol.
Mas essa luz deve ser entendida em todos os sentidos, como se a luz intelectual fosse sempre a par com a outra. Convém, aqui, sermos prudentes nas conclusões e não escorregarmos nos declives das deduções  fáceis. Não se pode negar, em todo caso, que a ciência atribui à luz uma participação cada vez mais considerável e um papel preponderante, não só na elaboração da vida, mas ainda nos fenómenos químicos. Isso não quer dizer, de modo algum, que o pensamento apenas seja uma forma de  de energia luminosa e um produto, como o vitríolo e o açúcar, tal como proclamava Taine e, após ele, os sábios materialistas do seu tempo. Mas isso traz um argumento a favor das hipóteses enunciadas pelos antigos "sábios" e que a ciência oficial abandonou há muito tempo. A ciência materialista imaginava o mundo como um conjunto de forças cegas onde brilhava, por uma espécie de excepção absolutamente inexplicável, a inteligência do homem (a consciência de sua própria fraqueza, como indicava Pascal), animal perdido em um insignificante planeta de um canto qualquer do universo. Um famoso pensamento de Pascal -"Mas a vantagem que o universo tem sobre ele (o homem), o universo nada sabe" -era retomado por esses sábios par combater o seu espiritualismo e recebia a seguinte interpretação: "O universo não pode conhecer sua vantagem porque é incapaz de conhecer alguma coisa, já que nada mais tem além do físico, químico e mecânico". Os Sábios antigos teriam respondido a tais afirmações como Platão e Aristóteles replicaram a Anaxágoras, que comparava o Sol a uma pedra ardente. Eles responderiam que o Homem não está isolado no universo. Teriam sustentado, ao contrário das afirmações de Descartes, que os animais não são máquinas e teriam relacionado o espírito do homem ao universo por intermédio dos animais, das plantas, e até mesmo dos próprios minerais. Essa crença não concorda muito mais, afinal, com a doutrina da evolução? "Os astros, dizia o douto Paracelso, respiram sua alma luminosa e atraem as irradiações uns dos outros". "A alma da Terra, presa às leis fatais da gravitação, desprende-se, especializando-se e passa pelos instintos dos animais para chegar a inteligência do homem, A parte cativa dessa alma é muda, mas ela conserva por escrito os segredos da Natureza, a parte livre não pode ler essa escritura fatal sem perder, instantaneamente, a liberdade. Apenas se pode passar da contemplação muda e vegetativa ao pensamento vivo e livre com a mudança de meio e de órgãos. Daí resulta o esquecimento que acompanha o nascimento e as vagas reminicências de nossa intuições doentias sempre análogas às visões de nossos êxtases e de nosso sonhos". Encontra-se nesse texto, não apenas a doutrina da evolução da espécies, mais ainda a teoria do Inconsciente colectivo, tão cara aos psicanalistas, e mesmo uma primeira ideia dos arquétipos do Dr. Jung. Essa concepção do universo, por mais discutível que seja. é, em todo caso mil vezes menos absurda que a dos materialistas que acreditam totalmente na evolução e não encontravam nenhuma ligação válida entre a inteligência do homem e do universo.
Seria essa, provavelmente, a linguagem que que Paracelso teria adoptado em relação a tais sábios. E mesmo ao que Pascal afirmava -"o universo poderia esmagar-me, mas ele não sabe" -Paracelso teria replicado: "e você, o que é que sabe?"
O texto acima é parte do capítulo VI do livro A  LINGUAGEM DAS CORES de René-Lucien Rosseau, obra premiada pela Socité des Gens de lettres de France, em 1959 - Editora Pensamento.
Para um banho gostoso, clique no título.

26 abril 2011

Jã e a Super Lua Perigeu

Pode existir um planeta tão pequeno quanto uma das nossas cidades, pode ser que tenha um vulcão, e que sustente a vida de uma roseira com uma rosa, que é regada pelo Ronnie Von quando ele passa lá montado em sua estrela. Poderia este, ser um planetinha na orbita de uma anã-marrom? Negar a possibilidade é ordenar as galáxias pelo contexto de nosso entendimento, é agora, um bem tardio geocentrismo, se levamos em conta que os números ligados às possibilidades no estudo da astronomia sugerem que nossa mente é incapaz de formular suposições suficientes para conclusões seguras. Cenários limitados e linhas divisórias arbitrárias são empregadas até mesmo para definir o que é um planeta e o que é uma estrela anã. Há anos se estuda a formação das anãs-marrons tentando saber se sua formação inicia-se por ejeção ou turbulência. Eu torço por turbulência, cujos resultados são menos previsíveis. Gaël Cahuvin e seus colaboradores afirmam: Não há razões para que asteróides e cometas, e até mesmo planetas com a massa da Terra não possam se formar nos discos de poeira das anãs-marrons. E Gaël ajunta: Se existirem planetas em volta de anãs-marrons, orbitam um Sol que nada tem de solar. Que dizer sobre a vida nesses planetas? Como uma anã-marrom é muito mais fria que o Sol, a zona habitável a seu redor é muito pequena e próxima dela, e mesmo essa zona pequena deve diminuir conforme a anã esfria. Não falei? Espaço suficiente para uma rosa, um vulcão, e o campo de pouso para o Ronnie Von!

 No último dia 19, a lua cheia apareceu apresentando seu lado perigeu, numa posição que só é visível da Terra a cada dezoito anos. Parece maior,  pois está cinqüenta km mais próximo da Terra. O Jã promove mensalmente, na entrada da lua cheia, encontros de estudos das Ciências Humanas, o palestrante convidado da super lua perigeu, foi o estudante de Física da Unicamp, Francisco Oliva Oliveira, que seguro, recriou verbalmente o Universo segundo as últimas descobertas. O Jã é um espaço nobre voltado para a cultura e suas expressões, o projeto é idealizado e desenvolvido por Patrícia Mattar Oliva. O Jã Espaço das Humanidades - conforme denominou a atriz Eva Wilma em 2010 quando foi a convidada especial, e ali recitou um monólogo inspirado em Um Bonde Chamado Desejo - tem como produtor e mestre de cerimônias o ator Julian Lepick, que também é responsável pelo Festival de Curtas que o Espaço promove no mês de Maio, que está em sua terceira edição  (inscrições abertas até o dia 30 de abril). No encontro da lua em perigeu, o Físico Francisco Oliva Oliveira, discorreu sobre teorias da origem do universo, decompôs o tempo e o espaço, falou sobre a imprecindível observação dos astros para sobrevivência e evolução da humanidade, da necessidade de  marcar o tempo pela passagem das estações e variações da luz lunar, falou sobre os estudos das constelações desde a antiga Mesopotâmia, Índia e China, conduziu-nos a uma longa e duradoura viagem em uma reunião que começou as 19:00h de sábado, e foi até... estou nela até agora. Discorreu sobre os conflitos entre Religião e Ciência, sobre as teorias de Descartes traçando eixos para medição do tempo/espaço, do desenvolvimento de novos aparelhos para observação, que ao ampliarem as fronteiras também multiplicaram as interrogações. Todos participando, chovendo perguntas e Francisco lá, só falando...agora sobre a relatividade de Einstein, que esteve por tanto tempo apartada por milhões de giros da quântica, em função de não possibilitarem cenário possivel para cálculos e equações quando alinhadas, aproximações que inevitavelmente perdiam-se nos buracos negros. Pós modernos mais complascentes, percebemos que talvez as duas estejam corretas, mas não são encaixáveis...de fato... temos que reconhecer que a realidade pode ser menos dada a preto no branco do que aspiramos em nossas ordenações da "realidade", agora já conseguimos ouvir a voz desse Bichão, que não é o Bicho que o grupo Meninas do Conto interpreta e Malu Barros narra para a criançada. Pelo que o Francisco falou é um Bichão composto de bastonetes vibrantes, bastonetes menores que um elefante, menores que uma formiga, menores que um grão de pólen da rosa do Ronnie Von, são nanicos até em escala de partículas subatômicas...até...parece que nem existem! Enfim, Francisco não disse assim: é um Bichão, ele disse que na teoria das cordas existem satisfações e explicações, e me parece ter falado a palavra -assombro - que os estudiosos presumem por enquanto, que participamos de uma "realidade" composta de 26 por vinte e seis dimensões. O  Francisco, como Físico, que chame do que quiser, como contadora de história penso que se isso não é um Bichão...Santa Margarida!  E foi tal de quântica permeando  mente - como é natural - e big-bangs entrando nas roupas dos presentes, um bom tanto pelo rojão de estrelas que mestre Lepick soltou à traição no final da reunião, que de certeza mesmo, só a de que Francisco consegue trazer as teorias mais revolucionárias, de linguagem mais intrincadas, para o alcance dos leigos - pero atentos - apesar de em alguns momentos ele ter lançado olhares escuros de quem esteve nas alturas e foi puxado pelo pé por perguntas inacreditáveis, se formuladas em seu meio, mas de boa vontade retornava ao chão, e da Terra ia ao buraco negro e de lá, conosco a tiracolo, ao infinito e além. Patrícia mencionou o conhecimento das Tábuas de Esmeralda, escritos por Hermes Trimegisto, o Imhotep, durante a Dinastia do Faraó Djoser, no Egito. Imhotep foi o construtor das pirâmides, matemático, arquiteto e médico:  Assim como acima é abaixo, assim como abaixo é acima - principio da astrologia. E Francisco Oliva Oliveira  esteve na Lua Cheia do Jã; através de suas palavras subimos da terra para o Céu e descemos novamente a Terra, recolhemos a força das coisas superiores e inferiores. Sei de mim. Fotos:1- arquivo da net. 2 - O psicoterapeuta Nilo, a estudante de teologia, Margarida Oliva, Patrícia Mattar Oliva, e eu. O Jã fica na Rua João Moura 2360 - São Paulo.
Clique no título do post para encontrar o direito sagrado.

25 abril 2011

Coexistência Pacifica


A primeira universidade oficial foi a de Bolonha, surgiu em 1088, depois vieram a de Paris em 1150, a de Oxford em 1167 e mais tarde a universidade de medicina em Montpellier, em 1289. 
Na gravura acima, feita por Fouquet para as Horas de Étiene Chevalier, Tomás de Aquino (nascido em março de 1225), ministra aula. 
Tomás nasceu no castelo de Roca-Cica, em Nápoles, filho do Conde Landulfo e de Teodora D'Aquino, aos 18 anos, desgostou tremendamente os pais ao entrar para a ordem dos dominicanos como frade mendicante. 
A família não se conformou e ele era importunado no convento. Seus superiores mandaram-no para Paris, donde foi sequestrado pelos irmãos e trazido novamente para Nápoles, mantiveram-no prisioneiro por dois anos. Percebendo que o filho firmara-se no seu propósito, a mãe o libertou e ele partiu imediatamente para Paris e logo a seguir para Colônia (Alemanha), onde foi discípulo de Alberto Magnus, o maior filósofo e teólogo alemão da Idade Média, e defensor da coexistência pacífica entre ciência e religião. 
Os estudantes de Colônia prezavam mais que tudo os estudos filosóficos, e Tomás de Aquino, que foi  recebido inicialmente com o apelido de Boi Mudo, entrosou-se finalmente. Por sua sabedoria logo conquistou o respeito e admiração dos colegas. Lecionando em Paris entre 1250 e 1252 comentou o profeta Isaías e o evangelho de São Mateus. Em 1156, escreveu Suma Contra os Gentios, e em 1268, sua principal obra: Suma Teológica, também comentou Aristóteles, e escreveu O Ente e a Essência e Sobre as Falácias. 
Faleceu com 53 ano, a caminho de Lyon em março de 1274, ele viajava para participar do Concilio de Lyon a convite do Papa Gregório X. 
Naquele dia, na Alemanha, em Colônia, seu mestre, Alberto Magnus teve suas palavras registradas pelos frades que o acompanhavam: 
“O irmão Tomás de Aquino, meu filho em Cristo, luz da Igreja, morreu. Deus acaba de me revelar isto”.
Em seus escritos Tomás de Aquino tornou o homem o ponto de convergência de toda a criação, concluiu que nele se encerram, de certo modo, todas as coisas. Dele é a frase: “Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o amor divino cria o bem na criatura amada”


Na foto autorizada: Uma aluna e sua professora, Brasil, São Paulo, Lapa, Entidade Assistencial Rogacionístas na semana passada, véspera de Páscoa. 
E sobre a criação da universidade? Leia Memória da Pedagogia /2, pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Clicando no título da postagem vá à música de ninar de minhas crianças: Está ali em forma de protesto: nã na ná na naaaa nã nã nananá...clique lá que fica melhor. 
O link anterior, aqui: http://youtu.be/QqecepvxVrc

20 abril 2011

Macela - LEI: 11.858

A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, no dia cinco de dezembro de 2002, instituiu através do projeto de lei 22401 (de autoria da deputada Jussara Cony), a Achiroclyne Satureioides, vulgarmente conhecida como macela, como a Planta Medicinal Símbolo do RS.
A planta produz uma florzinha amarela em formato de sol, que os Tupis-Guaranis chamavam de eloyatei-caá.
Na Semana Santa, as pessoas, especialmente grupos de jovens, saem antes do nascer do sol para a colheita dos buquês da planta cujo pé pode chegar à um metro de altura. Acontecem concursos de buquês, e quem encontrar mais do que usa durante o ano, fragmenta sua colheita em pequenos maços para distribuir aos parentes e amigos.
A florzinha amarela, na época da páscoa está seca e exala aroma característico e sedativo.
O chá das fofas flores cura dores da cabeça aos pés. Veja bem: não há o que não cure!
É bom para disfunções gástricas e digestivas e serve como analgésico, o chá é bom para o fígado, colites, inapetência, disenteria, distúrbios menstruais, náuseas, vesícula, vômitos, é sedativo e ajuda até na diminuição do colesterol e agregação plaquetária. 
Minha vó preparava uma xícara bem quente e forte da infusão e me dava com gemada antes de dormir, isso provavelmente não é bom para o colesterol, mas  que sonhos bons eu tinha!
O chá de macela frio também pode ser usado para dar brilho nos cabelos louros.
O dia correto para a colheita é a Sexta-feira da Paixão, tem que ser de madrugadinha.
Quem quiser dormir com os anjos, que faça um travesseiro de macela e me conte depois, se não desperta faceiro que nem recém nascido depois do banho, não é cura garantida para os nervosos mais enlouquecidos, mas nesse caso, o quê é?
A macela é encontrada na América Austral, e abunda naturalmente no Paraguai, Uruguai, no Brasil predominando na Região Sul, mais nas faixas de solos arenosos e basálticos, mas pode também ser encontrada em algumas cidades dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

E clicando no titulo da postagem - O Som.

17 abril 2011

Oferendas Maravilhosas




A Virada Cultural do Centro de Cultura Judaica é gostosa e substanciosa como o kifle de nozes servido pelo Gerstein Café, é uma confraternização universal onde a família particular circula livre e alegremente. Lá, até a madeira das paredes conta do bom gosto e persistência do povo que por muito tempo teve um livro como pátria - e ponto, nada mais a dizer de natureza tão perseverante e dada à cultura das artes, tradicional na erudição. E ponto, escrevi, mas... cheguei agora da apresentação da peça teatral Réquiem, ainda embriagada de poesia insisto, redundo,  compartilho. Réquiem conta a história de um fabricante de caixões que pesa os lucros e prejuízos da vida de forma extremamente lírica, o espetáculo ondula e vamos ao topo, escorregamos na curva, e eis que a visão da enfermagem pode indicar conforto, mas quem deve curar, fala sempre a mesma coisa, é porque o remédio também é igual para todos. O texto delicioso, delicado, ás vezes agressivo é do israelense  Hanoch Levin, e Réquiem, que já  foi encenado em três temporadas e apresentado de forma itinerante, é dirigido por Francisco Medeiros e  produzido e realizado por Dinah Feldman e Priscila Herrerias, sobre o espetáculo ganhador do Concurso CCJ de Montagem Teatral em 2007, o diretor declara: As intenções de Hanoch Levin ficam claras já na apresentação dos personagens. Ninguém tem nome, portanto,  as trajetórias não serão descritas a partir de individualidades, Velho, Velha, Cocheiro, Mãe, Bêbados e Prostitutas são antes de tudo arquétipos a serviço da tradução poética do autor de uma imagem fundante: o homem confrontado com os mistérios da existência. Amanhã às 16:00h, mestre Viviam Vineyard, a coordenadora de artes cênicas do CCJ estará orientando uma dinâmica - Jogos Teatrais, é só chegar e degustar, para o curso regular que Vivian ministra para adultos, ainda tem algumas vagas, inscreva-se ontem! Estou frequentando, Vivian é master, é must é mestre. Também amanhã à tarde haverá nova apresentação de Réquiem, é preciso retirar o ingresso com uma hora de antecedência. Todas as atividades da Virada são gratuitas, Requiém começa às 18:00h. Hoje, no final da tarde aconteceu o VI Encontro de Contadores de História do Centro de Cultura Judaica, o espaço estava lotado de satisfeitos espectadores dos encantadores do cotidiano, a top contadora Ana Luisa Laconbe foi a mestre de cerimônia  e abriu os encantamentos, os serelepes Cesar Obeid e Renata Perez, em forma de cordel narraram o último livro de autoria dele, Priscila Harder e Juliana Offenbecker. Fernanda Viacara e Dinah Fildman apareceram com cobras engolidoras de sóis e Mandis plantadas nas ocas virando mandiocas, homenageando o dia do índio que já vem vindo, pinta quando o calendário mostrar dezenove deste abril, disso eu sei, eu penso que sim, pois não? E então, para arrematar o bordado fascinante, Kiara Terra, com suas duzentas mãos nos conduziu a não sei onde, não sei porque, só sei que levei meu travesseiro, todos levaram, alguns o molharam na travessia de um  rio e outros nem atravessaram, é porque a história que ela conta é aberta, tu escolhes o rumo, só sei que foi bom, e foi Kiara que encerrou a apresentação dos gnomos e fadas golens, lobisomens e Velhas Certezas com travesseiro na mão. Foto, com minha colega de contação de história do Era Uma Vez, a Marlene Krok, após assistirmos Réquiem.
Clique no título do post para ver Kiara falando sobre sustentabilidade.

13 abril 2011

Renée El Ammar

 
Escrevi hoje, contando a um amigo sobre uma grande amiga: 
"Encanta-me em Renée, que apesar de viver em um meio dado a superficialidades, não  perca o contato e o interesse pelos questionamentos existenciais. Ela demonstra profundo entendimento emocional pelos homens, suas necessidades e aptidões, característica que tem feito com que assuma a liderança onde quer que esteja, creio que esta tendência é valorizada pela forte ligação, apoio e estimulo que recebe da mãe e irmãos. Vem de uma família de construtores humanistas, libaneses pacifistas e eruditos, que onde põem a mão, fazem crescer.  
Na época em que a conheci, ela havia retornado de uma viagem aos países árabes que incluiu uma turnê pelo Líbano, seu berço familiar. 
Recebi sua visita em minha exposição, manifestou o desejo de ter um retrato seu pintado à óleo. Depois que a exposição terminou, numa tarde sua secretária, Ivete, me ligou pedindo que eu fosse até a casa dela, Renée queria encomendar algo. Falamos sobre o retrato, logo acordamos que seria junto aos objetos tradicionais de sua cultura que faziam a decoração de seu belo apartamento, ela mesma uma beleza exótica. Frisou:" Este é o único retrato que pretendo fazer, estou numa uma boa fase, gostei do teu trabalho da ultima Expo e quero eternizar meu momento, porém, veja lá, sou muito exigente, quem trabalha comigo sabe." 
Eu sabia, todos sabiam quem era Renée; formadora de opinião e respeitada quase ao temor na cidade - ótimo- desafio. 
 Depois que lhe entreguei a obra, entusiasmada tornou-se minha marchand. 
Uma boa amiga que me introduziu no bom gosto das festas regadas a culinária típica àrabe e a seriedade carinhosa de sua familia , a família  El Ammar, onde sempre ouvi palavras elogiosas pela minha gana por manter também a minha família unida. 
Com ela conheci a elite das artes de Porto Alegre, ligada a moda. 
Renée El Ammar, estilista, empresária e Relações Públicas por formação, chegou do Líbano quando criança juntamente com os irmãos e os pais. Fixaram-se no Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, e junto a mais de uma dezena de outras etnias da peculiar cidade, ajudaram a construir a riqueza da punjante Ijuí - A Colméia do Trabalho.  
Do comércio de tecidos do pai, o senhor Salin, consolidou-se a estruturada familia que inclui médicos e empresários, expoentes da sociedade, fortemente ligadas a cultura, o intercâmbio e a difusão dela, são pilares da comunidade regional.

Para ver do alto, clique no título da postagem.

10 abril 2011

O que é bom, se for o melhor, melhor.

Soam Passos e passam suando
Ecoa a noite
que berra nascendo.
Carregando meu abraço 
antecipo o encontro
A vida no vento da faísca avenida
Apresso meu corpo que responde tinindo
Suam passando e todos sorrimos.
Coral e percussão meus filhos estão vindo
Correm apanhar o amasso duma 
quarta que cansada geme.
Uma quadra um portão pizza e
Paz, desligo a Luz e 
boa noite para quem fica.
29 de março, ás 00:22h - Minhas congratulações ao grupo Sul América Seguros, uma empresa de pessoas educadas e preparadas, atendem e resolvem os problemas decorrentes de acidentes com seus segurados com uma dinâmica que parece o que a gente vê nos comerciais e raramente se confirma na prática das concorrentes. Na SulAmérica é verdade! De moto, fui abalroada por uma segurada da SulAmérica e em poucos dias, sem pressão desnecessária, nem exigências estapafurdias, compreesivos liberaram o conserto, e os telefones e endereços de e-mail deles, realmente funcionam. Parabéns e gratidão ao grupo SulAmérica, pela compreensão e sensibilidade.

29 de março, às 00:31h - Hoje teve aula do curso de História Sintética da Arte, o curso é ministrado pela artista Rô Gonçalves no MuBE. Hoje o show foi sobre técnicas e estilos de Leonardo Da Vinci, Durer, Holbein, Michelangelo e seus monarcas mecenas damas abandonadas ou glorificadas e desafetos. Pedras verniz tinta pó goma lona leis fúrias roubos bispos Reis e o pé de Adão no rabo do rato... Sempre um ângulo novo que passa daquele jeitinho descontraído, que por isso torna-se substancioso, fornece ganchos que vão se interligando no andamento do curso, olho para os lados e está todo mundo vibrando. O MuBE fica na Avenida Europa, esquina com Alemanha, a responsável pelos curso é a Eneida Fausto e o telefone é 11 3081-8611.
31 de março, 14:04h - O curso de teatro ministrado Vivian Vineyard, na Casa de Cultura de Israel é frequentado por profissionais de varias áreas e atores interessados em afinar o instrumento. A maioria atuou na montagem que o Centro de Cultura apresentou em dezembro de 2010, uma adaptação que Nadine Trzmeilina escreveu sobre "Lembranças de Singer". Estou frequentando o curso, e ocorre que durante as aulas maravilhosas e transformadoras, me pergunto:- O que estou fazendo aqui? Qual o sentido da vida? Se a vida só tem sentido no aqui e agora, atuando posso me transformar, conseguirei? E Viviam propõe novo exercício, encontro o aqui e agora dela e modelo uma escultura com os corpos das colegas Eleonora B. e Leonor.
Casa de Cultura de Israel - Rua Oscar Freire, 2.500, Sumaré,  Fone 11 3065-4333.
Fotos, a primeira do meu atelier, as outras da net, e Hava, Naguila Hava no título da postagem, Vamos, é segunda-feira, alegremo-nos!

Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas - De 9 a 16 de Abril de 2011

 
A abertura oficial da décima edição do Festival Callas - que foi criado por Paulo Abrão Esper, e é realizado pela Cia Ópera São Paulo, com apoio do Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Istituto Italiano di Cultura - aconteceu neste sábado dia 09, no Theatro São Pedro. O Coordenador da Cia Ópera São Paulo e do Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas, é o competente Alberto Marcondes. O juri do concurso está composto por especialistas de renome mundial, são eles: Wally Santarcangelo, Sergio Segalini, Richard Martet, Vizenzo de Vivo e Robert Gilbert. Giuseppe Sabbatini preside o juri e Alberto Marcondes e Paulo Abrão Esper são Secretários, todos estiveram presentes na abertura, que contou também com a presença do Cônsul Geral da Itália para o Brasil, Ministro Mauro Marsili. No domingo haverá nova apresentação às 17:00h. O espectáculo de sábado foi Sol, foi Amor e Paz, na saída, munidos de asas, ornados de sorrisos, bebemos chá de jasmim e brilhamos reluzentes cristais. Sem medo, consciências desbloqueadas momentaneamente; haviamos sido encantados por pássaros humanos que soubemos, foram orientados nos voos sonoros por um Dédalo universal, o director musical e regente, Guiusseppe Sabbatini, que com esta apresentação,  a convite da Cia. Ópera São Paulo, fez sua estréia na América do Sul, Sabbatini já dirigiu a Filarmõnica de São Petesburgo, Orquestra do Festival Puccini, Orquestra toscanini de Parma, Teatro Bolschoi de Moscou, entre outras. As cantantes Ana Lucia Benedetti e Artemisa Repa  encerraram a noite mágica interpretando Viens Mallika. É assim que flores falam, é assim que anjos chamam. Os expectadores tanto derretiam quanto flanavam em seus lugares, na minha frente uma crítica de música cobria o rosto com as mãos em determinados momentos, Realmente, a atmosfera estava impregnada de sacralidade, e os artistas foram aplaudidos até a exaustão pelos reverentes, gratificados expectadores.
Programa: 
Alvorada de Carlos Gomes, pela Orquestra
Seguidilla de Bizet, por Ana Lúcia Benedetti
Tacea la notte placida, por Karina Grigoryan
Di provenza il mar e il sol, de Verdi,por David Marcondes
Norma de Bellini, pela Orquestra 
Una voce poco fa, de Rossini, por Ana Lucia Benedetti
Caro nome, de Verdi, por Artemisa Repa
Era um tramonto d'oro, de Carlos gomes por David Marcondes
Vissi d'arte, de Puccini, por Karina Grigoryan
Apressati Lucia...se Tradirmi tu potrai,  de Donizetti, por David Marcondes
Viens Mallika de Delibes, por Ana Lucia Benedetti e Artemisa Repa 
Semifinalistas:
Sebastián de los Santos - Contratenor
Camila Titinger - Soprano  
Oriana Favaro - Soprano
Carolina Faria - Mezzo-soprano 
Guillermo Valdés - Tenor
Daniela Alzèrreca Nova - Soprano 
Joyce de Souza - Mezzo-soprano
Tatiana Vanderlei - Soprano 
Marco Antonio Jordão - Tenor
Marina Considera - Soprano 
Chiara Santoro -  Soprano
Max Jota - Tenor
Cleyton Pulzi -  Tenor
Rodrigo Rangel - Tenor 
Giovanni Tristacci -  Tenor
Krista Monique McClellan - Soprano 
Francisca Muñoz -  Contralto
Lys Nardoto - Soprano 
Gabriel Locher -  Barítono
Carla Cottini - Soprano
Paulo Borges -  Baixo-barítono
Gilberto Chaves - Tenor
Theatro São Pedro, Rua Barra Funda, 171, fone 11 3667-0499. 
Para o dueto das flores, clique no título da postagem.

08 abril 2011

Pintando a leitura

Peço desculpa pela ausência dos últimos dias, estou pintando uma Ressureição, está pintando uma ressureição, e também ando desfrutando desta nova grande invenção, cuja propaganda a Regina acabou de enviar-me, antenada, já conhecia. A onda agora é assumir que sou feliz a minha moda, e vem pelo livro Afinal o que eu quero:ter razão ou ser feliz? Da Ana Paula Buarque de Gusmão, Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. A autora começa a exposição relatando o questionario de emprego em que numa das questões respondeu o que achava serem seus maiores defeitos. A pergunta seguinte era: quais os seus pontos fortes? Ana diz ter tido insight que deflagrou uma crise intensa e transformadora - respondeu com as mesmas características que usou para a questão anterior. A dosagem definindo o emprego dos  ingredientes...Assim ando, tentando equilibrar, e fazer crescer, mas que saudaaades de ti!

02 abril 2011

Lua Nova - Patricia Mattar Oliva

Sol, Lua e Júpiter conjuntos em Áries, opostos a Saturno em Libra. Marte conjunto a Urano, e Mercúrio também em Áries: um verdadeiro cortejo abre alas! Como um terremoto que rompe todos os sistemas de segurança, a semente de uma nova civilização pede passagem na consciência de cada um.Foi-se o tempo da jornada heróica individual. A pergunta “quem eu sou” se transmuta em “quem eu estou”. Governos e instituições são nossos espelhos e a sensação de impotência frente aos acontecimentos é fuga da responsabilidade, rejeição às próprias fraquezas.Paixão, impulso, loucura para se lançar no desconhecido é o que temos disponível agora. O limite nos é dado pela noção de ética e justiça, tão mais necessária quanto esquecida nos padrões atuais.O desafio é estar em colaboração, fazer aos outros o que queremos que nos façam. A chave, reconhecer-se nos acontecimentos globais.
Assim escreve Patrícia Mattar Oliva, criadora do Jã - A Nossa Ilha Madaleniana, sobre a Lua Nova de hoje, dia 03/04 às 14h33.O Jã, espaço cultural e holistico,  indefinivel junção de lanternas atemporais, está recebendo incrições para o III Festival de Curtas Jã - Que Curta tenho Eu?, que acontece na segunda quinzena de maio. Inscreva-se ate 30 de abril - aquidajam@gmail.com  e no Blog http://coisasja.blogspot.com
Foto: Isis, a deusa egípcia da simplicidade, figura da net. E clicando no título da postagem, Um Canudinho.

Museu da Casa Brasileira - Domingos de Abril

No Museu da Casa Brasileira, que fica na Avenida Faria Lima, 2705, quase em frente ao Shopping Iguatemi, tu podes ver esculturas, exposições variadas e apresentações artisticas. 
No acervo da Casa Brasileira estão algumas jóias adoráveis de Dona Domitilia de Castro Canto e Mello, a Marquesa de Santos. O jardim é  encantado por frondosas árvores centenárias onde se pode degustar os deliciosos sucos servidos pelo restaurante que atende com elegância e presteza. 
O Museu da Casa Brasileira oferece apresentações gratuitas aos domingos, em abril: Tonino Ferragutti e o Grupo Luceros 
- 03 de abril, curadoria de Magda Pucci, Grupo Viola arranjada 
- 14 de abril sob a curadoria de Myrian Taubkin, Sarau Brasileiro/Sarau Modernistas 
- 17 de abril, curadoria de Anna Maria Kieffer e Balkanfest - Mutrib e Betty Gervitz 
-24 de abril, curadoria de Magda Pucci. 
Mais informações pelo fone 3032-3727, ou no site http://www.mcb.sp.gov.br  Foto: escultura do acervo da Casa Museu 


Clicando no título da postagem, chegue a uma habanera, clássico dos clássicos.