17 fevereiro 2010

No Vácuo


A ausência me fecha
Me choca.
Pensamentos secos traças parcas idéias.
Armário velho areia do cupim
Escuro compartimento onde me recosto
Apática aguardo.
Ausência.
Mas eis que em algazarra chegam
os fantasmas frenéticos
me pintam me vestem
carregam-me na romaria do uso social.
Passada a ocasião
de novo e ainda – Ausência.
Aguardo em páginas pardas.
Nos sombras repouso.
Imóvel e empoeirada assustada.

Sala riscada pelo movimento da luz
das frestas – as horas.
Agora só mais um dia
mais um dia
mais um dia...


Giane Pereira Soares 03/02/2009

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