Quando acordar
hei de estranhar o conforto.
Que lindo e longo mergulho,
Delfin, calor interior de uma mãe.
Quando despertar, hei de estranhar a estreiteza
da saída do aconchego.
Hei de berrar e espernear.
Querendo voltar gritarei protestos
Quando acordar e me soltarem da minha mãe,
me molharem
e enrolarem em fibras ásperas,
hei de lembrar que
de secura e aspereza tive fartura,
e hei de ficar quieta...
e mais quieta a observar.
Vou me sentir fraca e pequena e vou querer dormir muito.
Até que me conquistem a confiança
e então hei de aprender a gostar
também destes pais,
talvez, desse lugar.
Novamente vou guardar retalhos
que costurarei
a minha colcha de saberes.
Quando ficar velha,
vou me enrolar nela e
dormir suavemente
numa cadeira ao sol...
No Link B J TomasRock and Roll Lullaby:
http://www.youtube.com/watch?v=bKAs4TPc0Tc
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