16 novembro 2011

Etéreo

Se a alma é ikebana
e a pele andiroba massageada
chove 
e tu pensa que
água.
Pensa que pé descalço em
grama verde
que nada
dorme e a cama leva
onde raízes desbravam solos
tenros cobertos de folhas 
decompostas
de neurônios novos
síntese.
Bóio flor 
num rio da Amazônia
escorrego bolinha 
de gelo entre 
pedras no Canadá.
Afiada viagem em gume
aéreo sal azul.
Presente a falta dos olhos 
doentes de Steve
buscando vida 
perscrutando portais
amealhando provas
flutuando mais.
Oxidação.

Maçã, flores e água
se a alma é ikebana
pele nova de neurônios
antigos alicerçando.
Circulo artica
cores boreais
tecidos ternos e fios mentais
gel morno de sol.
Tão macia a esperança
coriscante e branca
como reencontrar a trilha
num filme de Kurosawa.
Darei notícias.

Não tem música nem vídeo, o computador só abre uma janela por navegador, nem pps, nem pt saudações, só o básico, muito clean. 
Omnia mea mecun porto, ainda assim, nulla dies sine linea.

Nenhum comentário: