Amenofis rompeu com Tebas, e com os sacerdotes - que se não me angano, andavam meio reptilianos crocodilosos - e seu culto ao rei dos deuses Amon, e séquito de deuses menores.
Amenofis adotou o nome de Akhenaton ao assumir o poder aos treze anos, e tocou a construir sua cidade real - Akhet -Aton, Horizonte de Aton, cujo centro era o templo do disco solar, o dispensador da vida e da energia.
No novo palácio familiar, onde Akhenaton não precisava usar gravata e Nefertiti era simples e natural, os arqueólogos Flinders Petrie, e Howard Carter, em 1891, encontraram a chave da felicidade matrimonial do casal: quartos separados, porém contíguos... Ah, sim, cada um no seu quadrado, amor é amor, tolaetes à parte.
Apesar do império ter se mantido sólido por muito tempo, agora estava caótico. A cidade real, porém, permanece indiferente a política internacional, mantém-se como um oásis. Se não fosse pelas tábuas, tabletes, cartinhas de argila que uma camposesa encontrou recentemente quando estava a escavar tijolos que transformaria em adubo para suas plantinhas na antiga cidade, ninguém poderia supor que Akhenaton fora avisado via missiva pelos antigos aliados que a coisa estava degringolando; que por gentileza, ele fizesse o favor de agir.
Nas ruínas de Akhetaton foram encontrados vestigios de um exuberante jardim com enorme variedade botânica, só igualado recentemente pelo paisagismo de Inhotim em Minas Gerais.
Existiu entre os muros do palácio, um zoológico com os animais que o monarca apreciava ter a sua volta.
O famoso, sereno e emblemático busto de quartzito de Nefertiti, replicado a exaustão, até por mim, foi encontrado num prédio que se denominou a casa do escultor, estava junto a muitas peças delicadas da refinada arte amarniana. Algumas peças foram marteladas posteriormente como castigo aos que ousaram romper com a pesada tradição.
Mas...quando o tradicionalista Tuthancamon casou-se com a filha de Akhenaton e Nefertite...
Depois que Akhenaton "desapareceu", sua cidade foi apagada, despedaçada, arrasada e recoberta com areia e cimento, trabalho facilitado pela pressa com que foi construída, quase que somente com tijolos crus recobertos com argamassa.
J. D. Pendlebury, que trabalhou muito nas escavações, escreveu: "A Arqueologia é raramente uma ciência exata. Somos muitas vezes obrigados a marcar nosso avanço pelo abandono de uma teoria que foi considerada errônea, a fim de adotar uma outra que pareça melhor convir aos fatos".
O perfil é da Deputada Estadual Leci Brandão, na Assembléia Legislativa de São Paulo, ela foi eleita pelo PC do B. Leci integrou a mesa de trabalho no encontro com a Ministra da Cultura Ana Buarque no dia 10 de maio.
Foto feita pelo Professor Oswaldo Rovetto Castañeda, para o Flor Amarela, com recorte e edição meus, e o friso egípcio acima, está na coleção de Norberto Scimmel, em Nova York.
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