11 abril 2012

O Pai da Escolástica

Anselmo de Cantebury, mais tarde chamado Santo Anselmo, acreditava que usando-se apenas a razão era possível resolver debates teológicos. De forma específica: para provar a existência de Deus; para estabelecer que ele tem uma natureza trina (Pai, Filho e Espírito Santo); para demonstrar que a alma humana é imortal; e para demonstrar que as escrituras são inerrantes. 
Anselmo, no entanto, não pensava ser necessário alcançar um conhecimento racional de Deus para crer Nele. ao contrário, isso acontece precisamente da forma oposta. ele pretendia fazer com que as vontades da revelação fossem  transparentes à razão. Anselmo mesmo afirmou: 
"A não ser que primeiro eu creia, não conseguirei entender".
É possível ter-se uma idéia da forma como Anselmo trabalhava ao se analisar um exemplo de sua obra, A Queda do Diabo (cerca de 1070). Anselmo perguntou se o diabo tinha conhecimento antecipado de que cairia, ou não. Se tivesse esse conhecimento prévio, então ele aceitaria o que estava por acontecer ou não aceitaria. Se aceitasse, não poderia ter o conhecimento prévio, porque o diabo, antes da queda, era sem pecado e, por isso, livre de tristezas. Anselmo concluiu dai que, em consequência disso, o diabo não teve conhecimento prévio de sua queda.
Essa discussão parece estar superada em nossos dias, mas Anselmo desenvolveu debates similares, que permanecem vivos até o presente. sua formulação, no Proslogion, com respeito à prova ontológica de Deus, é um exemplo clássico e funciona da seguinte maneira:
1 - Deus é definido como "aquele de quem nada maior pode ser concebido".
2 - As coisas que existem na mente - isto é, a idéia de Deus - também podem existir no âmbito real. Em outras palavras, existem duas possibilidades que Deus exista na mente e na realidade.
3 - As coisas que existem na mente e na realidade são maiores do que as que existem apenas na mente..
4 - Digamos que Deus exista apenas na mente. Somos, então, induzidos a nos contradizer. Definimos Deus como "aquele de quem nada maior pode ser concebido". Mas acabamos de ver que as coisas que existem na mente e na realidade são maiores que aquelas que existem penas na mente. Pro isso, Deus não pode existir apenas na mente. segue-se então:
5 - Deus existe -tanto na mente como na realidade.
Essa argumentação tem gerado volumosa literatura desde que foi articulada, há cerca de mil anos, e o debate sobre a prova ontológica continua até hoje. A reputação de Anselmo, no entanto, não depende da correção de sua argumentação. Em vez disso, seu legado consiste em mostrar ser possível empregar a razão para projetar luz sobre assuntos teológicos. Foi isso que fez co que ele fosse chamado o pai da Escolástica, o primeiro grande pensador, na tradição cristã, com certeza, que tentou assegurar os fundamentos racionais da fé religiosa.


Extraído do livro Religião, do Dr. Jeremy Stagroon, 
publicado pela Ciranda Cultural
Foto: Grade que desenhei em 2011


E clique no título da publicação para dar uma viajada, das que se fala também no Rio Grande Sul, só que lá os objetos comentados são redondos e pequenos  ou discóides meio grandes, se charutos, gigantescos, mas ninguém atira neles, nunca ouvi falar de ousadia tal. Quem vê garante que é uma boa hora para esconder armas, se tiver...da uma vontade de ser santinho, sabes? Botar rabo entre as pernas, entendes? Talvez por isso, por lá não haja relato de contra ataque, nem se faça filme de batalha, nada de muito drama ou suspense. Almas mais serenas  comentam simplesmente que isto é coisa da Natureza (?): "As revoadas circulares da Mãe da Vida", para mim, todo mundo tem razão. Quem não acredita, afinal é porque não vê, e quem viu tem liberdade de contar, afinal se deu o direito de ver, ué! 
Não está ai o Vaticano com um novo departamento para aprender a se comunicar com "os que vierem de fora"? Não disseram que virá, disseram: se vier.
Penso que para alcançar uma fração da infinita Criação/tividade Divina nossa mente vai ter que liberar a conectividade em pelo menos mais um tantico de  àrea no cérebro ocioso. Quanto a pluralidade dos mundos habitados, que tem que haver, tem...senão, mas que tristeza, este enorme palácio universal, para não falar nos reinos galácticos vizinhos, e a gente de filho único? Isso sim é deprimente, quem teria construído os monumentos datados de antes do começo da nossa história oficial? Nós, de certo, e esquecemos as fórmulas...ah...vai!...
Quanto aos OVNIS, falo por mim, vivo de orelhinhas em pé, afinal já vi, arranhei o mistério, mas faz parte da benção do contínuo crescimento, ver coisas que de tão palpitantes ninguém consegue compreender, quanto mais explicar. Vamos conjecturando, quem chegar a uma conclusão primeiro, avisa o outro, que tal? 

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