20 novembro 2010

Museu Saint Loup - Troyes

O início da escavação para a construção da praça Langevin, em Troyes, no ano de 1993, revelou ruínas de um atelier vidraceiro do século III. Localizado no entroncamento de uma importante estrada antiga, foram encontrados e estão em exposição no Museu de História Natural e Arqueológica Saint Loup, um forno para facção de ladrilhos e dois para vidro. Desenho da forma original dos fornos, que possuíam canais aquecidos por onde o vidro derretido era despejado por torneiras em cadinhos, o artesão então manipulava o material por meio de uma espécie de bengala, cachimbo, e o cortava com uma pinça de metal. Necrópole Céltica, sepultura designada 42, encontrada em escavação em Saint-Benoit-Sur-Seine, Laube
Visitei o Saint-loup Museum num sábado. Na foto acima saí carregando emoção, assombramento e o enriquecimento pela experiência única. 
Penetrara o sagrado círculo do tempo, o que foi - eu sendo - quem me tornaria saindo dalí? 
Eu quero entender, mas os artefatos pulsavam e tonteavam, eu quero entender, mas a leitura da história nos detalhes da exposição não é linear, muito difícil definir - global! 
Troyes é a capital histórica do condado de Champagne, na França, foi ali que Hugues de Payns fundou a Ordem dos Templários. 
Região originária de grande escola de pintura sobre vidro, escola que alcançou o explendor no século XIII e que se associa estreitamente ao surgimento do Grêmio de Construtores de Catedrais. Todo ano é investida alta soma para restauração e conservação do valioso patrimônio da cidade relíquia - Troyes, com suas dez igrejas. 
Naquele sábado, acompanhada pela Secretária de Cultura de Saint Julien, Chantal Choin, saí do Museu para a Catedral de São Pedro e São Paulo. 
É só atravessar a rua, fica na praça St Pierre. 
A estrutura de madeira da Catedral data do século XIII, o prédio é tido como o mais antigo edifício público da França. 
Com as pernas bambas, arqueada pelo peso dos séculos naturais e arqueológicos, com a mente ainda no crâneo do mamute, prostrei-me abaixo da Rosa Mística representada no lindo vitral do lado esquerdo da nave central, um vitral contendo os maravilhosos, radiantes e raros púrpuras, pinks e violetas. 
Pensas que tamanha comoção arrefeceu o ânimo ciceroneador de minha guia? 

Naquela tarde ainda me levaria a Église Saint Jean-Au-Marché, onde acontecia a mais bela exposição de arte sacra que já ví: Exposition Le Beau XVI, onde encontrei o pergaminho de Saint George em uma versão moderna de um relicário. 
Claaaro que de noite chorei sem som na luz escondida, no travesseiro do meu avesso!

Para abrir o vídeo Troyes Champagne-Ardenne, clique aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Diw5xcZIvZo

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