18 junho 2010

Farrapos & Cogumelos

Foto: Arpoador -conhecendo o Rio de Janeiro
Tenho sentido que apesar de no lançarmos em voo na net e conceitos sobre fisica quântica já nos rocarem no dia-a-dia, apoiamos nossos passos mais nos conceitos pré adquiridos do que sobre o solo, que é único, apesar da superficialidade do oceano aparentemente nos separar. Palmilhamos um só bloco. Desde o começo a humanidade quando quis ir em frente criou pontes. Tão preconceituoso como algum grupo de gaúchos grosseirões que se sente guacho da federação, sem abrir-se para observar a situação global, é o vivente que generaliza e mantém reservas com o garrão do país pelo seu histórico de tentativa separatista. 
Tanta água rolou... Para alguns a ponte só ficará visível analisando as contingências que levaram os povos do sul às iniciativas libertárias, estudando a história da formação deste país, e para outros, os grupinhos radicais, quando tenham a coragem de dar passos à frente, adquirindo o equilibrio para perceber que o trem do passado, passou. Usando sua gana para construir pontes pacificamente. Como fez meu bisavô quando largou as tropas de Garibaldi para assentar chão. Uns têm coragem para mudar, outros não sabem construir novidades, como meu avô, que deu muito trabalho à minha avó com seus costumes revolucionários fora de tempo, perdeu-se da história, pois mulheres verdadeiramente mães não costumam aprovar loucuras guerrilheiras já há bom tempo, não as que conheço! Não aceito mais a pecha de separatista, por ser gaúcha, e não posso passar a vida a esconder o quanto amo a terra que me criou para não ferir susceptibilidades. 
Estou aqui e vou ficar, amo e escolhi este lugar.  
Negar o preconceito é a melhor maneira de deixar que cresça nas sombras como uma plantação de cogumelos venenosos que vem a amargar a boca justo quando nos misturamos esperançosos de compartilhar. 
Estou aqui por escolha, não por falta dela, mas como saberia amar e valorizar tudo, se não tivesse este carinho, amor imenso pelas coisas e gentes do lugar onde nasci e fui criada? 
Aprenderia a amar depois de velha, e somente o futuro, sem valorizar o meu passado? 
Tal procedimento me parece meio doentio e carente de coerência, no mínimo. 
I love you, São Paulo! 
Estou aqui para colaborar, me dê trabalho, eu quero construir. 
Eu te amo Brasil e sou encantada com o mundo, cada pedra, cada flor amarela...

Clique no título ou ative o link para ver Vento Negro - José Fogaça

Está na Wikipédia: -Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então província de São Pedro do Rio Grande do Su, e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.A revolução, que originalmente não tinha caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas. Inspirou-se na recém-finda guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.
Teve como líderes: Bento Gonçalves, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, Davi Canabarro, Teixeira Nunes, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos[5], recebeu inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além de Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália.
A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade.

Nenhum comentário: