
Perto do céu um domingo azul, apertava um domo entre as nuvens.
Em Outubro, no domingo passado, sobre a mesa atoalhada de doces
Sobre tudo sobremesas, sobre todos acontecia a Odisséia convocada por Bernardo, o instrutor.Penélope começando a tecer...Presenciei um passarinho, da reunião desavisado, penetrando a fresta aérea, procurou por Anabella
Sobrevoou largando a flor sobre Marina, a Flor Amarela.
Norma Del Giglio, afetuosa, recepcionou delicada, mignon com bolinhas brancas sobre o vermelho encarnado.Foi num domingo de assembléia Atlântis, buscadores voluntários dos estudos mitológicos, eternos amantes.
Era Uma Vez um domingo, sob o domo sob as nuvens
Descrevendo aventuras, Bernardo em nome de Homero.
Odisséia de uma tarde, Primavera do início ao fim
Ulisses, o pai de Telêmaco, aumenta sua grandeza ao se identificar como Ninguém.
Dos Lotófagos falamos e Bernardo de Gregório, os paralelos sempre traçando.
Lá em baixo o trânsito louco, Polifemos alcoolizados a guiar, aos veículos dos Fêmios a encaçapar.
Se Eolo presenteia e o Mimo não for vigiado,
O Grupo Era Uma Vez, jamais deverá ser culpado.
Culpa havendo é dos Lestrigões, tão mesquinhos - limitados!
E Penélope sempre tecendo, o caos no reino não vendo,
e vem Penélope desmanchando, o caos no reino reinando.
Circe pelo encanto, de Ninguém se enamora. Os desencantados em porcos, em qualquer bicho, transformados. A estes ela deplora.
Ninguém vai ao submundo,o passado recuperar.
E Bernardo de Gregório, o panorama claramente a traçar.
Amarra o herói ao mastro,a dominação do ego quer frisar;
Quando as sereias cantarem só Ninguém poderá escutar.
Sobre o domo escapa Helio e Cilene vem dominar
Seis sobrevivem a Caribde e Cila, aos quais nas águas de Messina, o pedágio em homens era tradição pagar. Seis e mais Ninguém vão escapar. Agarrados a uma figueira e um mastro, as intempéries conseguem suportar.
Ulisses volta ao castelo,onde estão suas raízes
Na cerimônia do lava pés,identificam-no pelas cicatrizes.
A rainha que por ele esperou, foi guerreira eficiente, usando como arma um tapete, protegeu-se em seu métron resistente. Athena, desatenta a húbris de Penélope, mas de justiça revestida, os acertos passa a promover. Ao casal rejuvenescido, três noites de amor ininterrupto está a conceder.
Bernardo de Gregório, o mestre em deusas,em Ilíada, bom mestre, sempre e enfim, pela vez terceira nos caminhos mitológicos orientou aos seus.
É, aos domingos,quando sobrepõe-se amoroso, translúcido e protetor,o domo Del Giglio, o centro da ancestral Ítaca para onde todos sonham retornar?
Imagen: Towsend -Atlantis,para ver o vídeo Uma viagem de sete anos, clique no título da postagem.
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