09 julho 2012

Eu Existo

     A ciência esotérica afirma a eternidade da vida. Seu conceito central está contido na palavra Reencarnação, o que implica uma unidade permanente de existência a animar uma sucessão de corpos perecíveis. Para que este conceito se torne claro é preciso lembrar que Individualidade e Personalidade constituem dois aspectos distintos do ser humano.  A Individualidade está composta pelos três corpos superiores, isto é, a chispa do espírito puro do Sétimo Plano, a natureza espiritual e concreta do Sexto Plano. Uma vez evoluídos, esses corpos teem a duração dessa evolução, para serem, afinal reabsorvidos no Infinito como centros de irradiação organizados. Os quatro corpos inferiores - a mente concreta, a natureza emocional, a natureza passional e o corpo físico - são considerados invólucros temporários compostos pela matéria de seus respectivos planos, que a Individualidade utiliza como veículo e que, coletivamente, compõem o que chamamos Personalidade.
     Forma-se a Personalidade com o objetivo de permitir que a Individualidade que é informe, adquira experiência no mundo das formas. Tal  personalidade é abandonada tão logo se gaste e diminua a sua utilidade, enquanto as experiências pelas quais passou a Individualidade são absorvidas como alimento necessário ao seu desenvolvimento. É assim que a individualidade evolui através das idades, ao passo que as numerosas personalidades com ela relacionadas apenas se desenvolvem, vivem, envelhecem e morrem; mas como cada Personalidade é constituída sobre uma Individualidade evoluída, ela sempre será de um tipo superior à que a precedeu.
     A Individualidade é, pois, a Unidade de Evolução enquanto que a Personalidade é a Unidade de encarnação.
     Da doutrina de reencarnação surge a teoria esotérica do Destino.  A palavra Destino, é preciso dizê-lo, é sinônimo de Karma, utilizada nas escolas orientais.
     O Destino de um ser humano representa a soma total das causas que ele pôs em movimento em suas vdas passadas, causas que determinam as condições do presente.  Mas novas causas vão sendo introduzidas constantemente pela ação modificadora da vontade, fazendo, portanto, que o destino não tenha esse caráter de inevitabilidade que lhe dá a escola exotérica, senão que consiste, antes, numa influência que, em vez de determinar, condiciona.  É verdade que algumas das causas postas em movimento no passado são tão fortes que não há esforço de vontade possível que as detenha em seu caminho, tendo que contemplar como se esgota totalmente a força posta em movimento.  Mas sempre, pela sua vontade, o homem pode determinar o modo como irá reagir a elas ; se se deixará esmagar ou purificar; se se deixará exaltar por uma oportunidade bem aproveitada ou degradar por abuso.
     Por conseguinte a ciência esotérica ensina que, embora o ser humano tenha de resolver seus problemas no meio onde se encontrar, em qualquer vida que lhe seja dada, dentro do pequeno espaço de tempo que lhe for concedido e ele não tenha a vontade livre, assim mesmo ele pode determinar as causas que criarão seu futuro, de modo a fazer de si mesmo o que bem desejar.


Do precioso livro A Filosofia Oculta do Amor e do Matrimônio, de Dion Fortune, publicado pela Editora Pensamento. Adquiri em um sebo que fica na rua do Teatro São Pedro, em Porto Alegre.


Foto da pintura em óleo sobre madeira (retábulo) que fiz em 1993 para o Senhor Elóy, está em Novo Hamburgo/RS, e mede 180x70cm. E aqui, a Cidadania Espiritual, a diretriz -2012 e o Cidadão Índigo: http://youtu.be/NHpsyH1sxZ8

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