04 abril 2017

A Tercerização do Trabalho, ou o cenário do filme Elysium!

É a versão moderna da cafetinagem; o novo plano de terceirização do trabalho desenvolvido a jato e sancionado imediatamente pelo governo Temer, é o caso mais ilustrativo de quanto falta de politização ao povo brasileiro que praticamente perdeu todas as garantias e nem percebeu, o trabalhador, que de cônjuge do patrão, passou a ser garoto(a) de programa sem ser consultado e sem ter tempo de entender em que implica a mudança de status.
É tão somente isso. Agora o empregado será vinculado legalmente apenas a um intermediário, ele será contratado por um cafetão que poderá empregar técnicas de terror similares as desse agente e irá desempenhar os seus serviços junto ao cliente que o cafetão achar melhor.
A única coisa que faltou explicitarem é que quem não quiser ou puder pelo simples direito a não concordar com princípios ou falta deles, quem não concordar com  trabalhar para quem o cafetão escolheu, apanha, digo, será desprezado e despedido daquela agência tendo suas chances de reencontrar trabalho muito diminuídas, já que a tendência é que grandes e polarizadoras empresas se estabeleçam neste novo modus operandi. Talvez mesmo uma só. 

Mas através de uma classe política que tem direitos superiores aos reis e príncipes na monarquia, e historicamente através do governo do vice de Dilma, Temer que subiu de função no nosso entendimento para completar o tempo até a próxima eleição para manter a estabilidade depois do impeachment da sua presidente, a prostituição do trabalhador é além de merecida, desejável. 
A medida eliminou a chance do diálogo entre a empresa e o empregado. Agora você será avisado por um telefonema que não trabalha mais naquele endereço e não será necessário que lhe dê qualquer explicação. 
Desumaniza, esmaga e humilha. Em São Paulo eu conversei com pessoas que trabalhavam em tele-marketing que já viviam neste sistema regido por catracas eletrônicas, onde jamais o funcionário vinha a saber para quem estava trabalhando, nem via o rosto de qualquer superior, apenas o treinador e fiscal.

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