03 março 2012

Exposição Histórica - Lux In Arcana no Capitólio



O processo de Galileu Galilei, a bula de excomunhão de Martinho Lutero,
passando pela "confissão" dos Templários: pela primeira vez o Vaticano
revela ao público alguns de seus inúmeros segredos, numa exposição
excepcional, aberta nesta quarta-feira (29) nos museus do Capitólio, em
Roma. No total, mais de 100 documentos originais foram selecionados, por
ocasião dos 400 anos de criação desses arquivos secretos, pelo papa Paulo V.
Intitulada "Lux in arcana" (Luz sobre os segredos, em latim), a exposição
permite ao visitante descobrir o pedido de anulação do casamento de Henrique VIII e Catarina de Aragão, e o Dictatus Papae de Gregório VII, um manuscrito do século XI afirmando a supremacia dos papas sobre todos os outros poderes na Terra. Há também um pergaminho de 60 metros, remontando a 1308 e contendo a confissão dos templários diante de três cardeais enviados por Clemente V ao castelo de Chinon (centro da França).
"É a primeira vez na história e, talvez, também a última, que esses
documentos deixam o interior do Vaticano", afirmam os organizadores. Sinal
da importância do evento, o número dois do Vaticano, o cardeal Tarcisio
Bertone, abriu a exposição ao lado do "ministro" da Cultura do Vaticano,
Gianfranco Ravasi, do prefeito de Roma, Gianni Alemanno, e do ministro
italiano da Cultura, Lorenzo Ornaghi. Ouvido pela imprensa sobre o que o
teria mais impressionado nesta exposição, o cardeal Bertone respondeu:
"Certamente, a verdade histórica".
Revela também documentos que defendem a atitude de Pio XII, criticado por
ter mantido silêncio ante o Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.
Entre eles, está um relatório do núncio apostólico de Francesco
Borgongini-Duca, que visitou sete campos de concentração na Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos campos, endereçada ao Papa.
Entre os outros documentos está a nomeação ao trono papal do eremita Pietro
da Morrone (século XIII), que se tornou Celestino V e foi o único Papa da
história a se demitir. Há também um documento do século XV no qual Alexandre VI divide o Novo Mundo entre a Espanha e Portugal, após a "descoberta" da América por Cristóvão Colombo. Ou ainda o decreto de Leão X que selou o cisma com os protestantes, conduzindo às guerras de religiões fratricidas na Europa.
Outros ítens, tesouros abertos:
As cartas de Michelangelo sobre a construção da Basílica de São Pedro ou um
documento confeccionado em seda pela imperatriz da China Helena Wang,
convertida ao cristianismo. Mais curiosa, a missiva do chefe da tribo
indígena Ojibwa datando do século XIX a Leão XIII, a quem chama de "grande
mestre das preces que cumpre as funções de Jesus".
Outra raridade, uma carta de Maria Antonieta presa depois da Revolução, na
qual pode-se ler: "os sentimentos daqueles que partilham minha tristeza
(...) são a única consolação que posso receber nestas tristes
circunstâncias".
Lux in arcana ficará exposta até 09 de setembro. 
É possível saber mais
informações em sua página da Internet: http://www.luxinarcana.org
Foto da NET, nela o Cardeal brasileiro , d João Braz de Aviz(natural de Santa Catarina), atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, sendo consagrado pelo Papa em recente cerimônia no Vaticano.
Informação de Dé Doellinger/Mahavidya.
Penso que a exposição oferece uma oportunidade imperdível, o momento é de grande valor histórico, os documentos expostos quando avaliados dentro do contexto de suas origens, abertos ao público, falam de momentos cuja memória emocional, ancestral, persiste dolorosamente viva. 
Juntar dados e apresentar outros ângulos para análise...indubitavelmente é gesto de ruptura com posturas do passado, um mea culpa vocado à polêmica inegavelmente valioso e corajoso. Para refletir. Ganha em respeito a Igreja, pela coragem, enriquecem-se os panoramas reconstituídos por pesquisadores e estudiosos, e os contemporâneos cujos antepassados sofreram o ferro e o fogo, testemunham o momento da abertura, o rompimento do incômodo sigilo sobre paradeiro de retalhos que nos pertencem, até hoje mantidos inacessíveis por Centro tão importante de nossa sociedade e espiritualidade. Seguramente estamos aptos a valorizar o auspício abrangente da experiência de liberdade com o comedimento e a seriedade que pedem. Tal movimentação sem precedentes vem com o presságio de ser a primeira de muitas rumo ao rompimento das fronteiras antes intransponíveis; intercâmbio, comunhão, para os quais somos vocacionados sendo imagem e semelhança do Criador, que somos.
Clique no título para Maria Antoinette. Sim mudei, é humanamente impossível conhecer os erros de todos os homens, então, momentânea e inevitavelmente todos estamos sujeitos a carregar um cavalo de Tróia durante nossa jornada vital, virtual. É uma pena que seres perdidos em aparthets injustificáveis estraguem bonitos trabalhos alheios, quando não vidas e organizações estruturadas para fins opostos, mas assim vivemos, entre erros e acertos, entre gente iluminada e gente que se iluminará - a Luz vem da compreensão que corações amorosos abrigam...assim sinto. 
Me desculpe e boa noite, a minha acabou, faltou material para concluir a escultura e então, só na segunda-feira, assim vim e me dei conta do engano...cavalo de Tróia, que sei eu a uma hora destas? Nada, pouco. Tudo misturado, blocos flutuantes semi-compactados em um cilindro e eu sou apenas um fio d'água entre eles, não o sapato velho que é carregado, mas a água, fio d'água tantas vezes interrompido pelos choques entre uns e outros: ângulos arestas...sou também a que vê e se sente perplexa, porém, mais que tudo, a que tem uma única certeza: a de que o Amor Universal não gratifica Robespierres, Torqueimadas e "Barrabases". 
Gratifica no sentido de sintonia para auto-gratificação, percepção e fomentação do bem (estar?), estado imprescindível para a caminhada rumo ao abandono do obscurantismo. Tal como nesse estágio a consciência da importância do planejamento, já que chegamos a compreensão da jornada infinita desempenhada através da imortalidade do espírito. 

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