18 novembro 2015

Não, Guerra Não! Se puderem distribuir algo, distribuam a fartura!

É sobre as mães. 
Ao terem conhecimento da gestação e aceitando, mudarem a dieta, abandonarem atividades arriscadas, sem que para isso seja condição sine qua non que sejam partícipes de uma situação econômica privilegiada, uma vez que as comunidades carentes são as que mais se mobilizam e comovem com a chegada de uma nova vida. Um ser redentor de sua condição. Um símbolo de poder que iguala. Depois...ah, depois o mundo atua, a criança nascida deve ser sustentada, mantida da melhor forma possível e nos bairros pobres de qualquer país do mundo a mãe frequentemente se vê sem acompanhamento do pai para tal tarefa
Então a criança cresce acolhida e educada pela família materna, são tias e avós recebendo o menino que cresce enquanto a mãe sai para buscar o sustento. 
Um rapazinho no mundo, uma mocinha com ideias copiadas da tv, do programa de ideologia sexísta, ou da estrela da novela.
Estas crianças são aparelhadas de celulares e vídeo-games antes de terem o cérebro maduro à forma antiga, são hiper-conectada. 
Nem melhor nem pior do que antigamente, simplesmente diferentes. 
Mas apoderadas pela tecnologia que a culpa de uma mãe ausente faz qualquer coisa para proporcionar. Nos grupos sociais com maior acesso a educação e saúde de qualidade em que a mãe está presente na criação, o início do contato com eletrônicos dá-se um pouco mais tarde, em vista dos conhecimentos sobre formação do corpo, fatores como mielinização dos olhos que acontece depois do nascimento, maturidade mental, e maior valorização do contato com a natureza, ou atividades físicas.
Mas em qualquer universo, a morte de um destes  jovens frustra a ordem através da qual mantemos a sanidade e não afeta somente as famílias atingidas pela perda. Adoece aos que são informados do acontecimento. Quebra a engrenagem do sistema que nos permite continuar andando, e não é a guerra (como muitos preconizam), o fator que catapulta o acesso a novas tecnologias que vão alavancar avanços, após passado "o calor da hora". 
Se as guerras têm  trazido em seus lastros essas consequências positivas, o acesso livre e democratizado ao conhecimento seria uma opção com muito mias superiores resultados, e livraria as mães da perda das amadas vidas. 
Livraria as mães da perda do investimento de vida, da impossibilidade de viver que a perda dos filhos massacrados em conflitos acarreta.
Mas quem, durante um conflito, na hora de eliminar o inimigo, pensa que ele tem mãe? 
Que ao acabar com uma vida atinge e neurotiza uma mãe e toda a rede que a sustentou para que aquele ser humano chegasse a florescer? 
Como cactus, ou videira, foi a sociedade que definiu.
Tenho lido e ouvido, estarrecida, declarações divulgadas em massa, de que basta tomar a decisão e estudar para como consequência conquistar os direitos que merecemos, quando na verdade o que observo é um sistema de gratificação que destaca somente aquele que serve a manutenção da escravidão dos demais. 
As guerras propiciam avanços tecnológicos que nos levarão às próximas guerras.
Temos sido premiados com intervalos programados  para iludir os que devem trabalhar para fabricar armas e condições de refinar os mecanismos, para criar a ilusão de que estamos em paz, mas assim que estamos equipados e ávidos para testar politicamente e na carne e nas mentes os novos equipamentos, os mecanismos criados para coibir belicismos deixam de funcionar e o Cérbero convenientemente se solta liberando os filho da minha terra para imaginar que  o avanço e em encarnar demônios massacradores de mães.
Quem garante que após mortes inúteis para a maioria e só úteis para líderes que lucram, a guerra deste momento já serviu e será findada? 
Até quando as pessoas não entenderão que estão sendo usadas como cobaias em troca da defesa destes panos que chamam bandeiras, que somente elas respeitam, não seus líderes de tripas forras, conduzidos em limusines blindadas folhadas a ouro?
Cuidado, senhores da guerra, 
seu cérbero poderá vir a ser estraçalhado de forma irrefutável pela revolta dos animais, que hoje, estão hiper-conectados!
Cuidai, senhores da guerra, cuidai para que o cérbero não se solte, pois sabemos que vós tendes as informações sobre o estado dos elos antes que eles se abram, e embora o ele seja de propriedade de satã se ele se solta, assim como na Revolução Francesa, governos inocentes serão tragados pela turba, tão simplesmente por terem se mantido apáticos ante a evidência da insustentabilidade da  situação.
Situação perversa; todos se achando no direito de  racismo, patriotismo irracional, abusar em nome das religiões e sustentar um sistema financeiro gerido de forma inconsequente. 
E digo inconsequente quando poderia aplicar insensível, já que mata aos poucos o corpo do qual precisa alimentar-se. 
Se antes isso passava despercebido, maquiado, não é mais o caso.
E as mães do oriente entregam seus filhos à morte sem sentir dor da perda? 
Que mulheres são essas, que mantemos alienadas do direito de amar e preservar seus filhos, em um mundo globalizado em que estes filhos são sacrificados em pira, sacrificando os nossos?
Não, não suportaremos mais uma guerra. 
Perdemos a ingenuidade e não cremos em fronteiras, em que devemos morrer felizes pagando impostos, na miséria, mas "fazendo a nossa parte".
A escravidão deve ser extinta e as mulheres devem deixar de ser úteros para produzir soldados.

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